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"Comunicação é uma estrada ampla e aberta que gosto de percorrer. Cruza-se com o compromisso e faz esquina com a comunidade." Mario Kaplum
Começemos por um que achamos bom...
Num artigo publicado numa revista com um público alvo com um nivel de escolaridade médio-superior, encontramos um artigo apaixonante sobre “a ciência do apetite”, num nível de qualidade cientifica plausivelmente elevado (talvez um pouco demais), esclarece o funcionamento das hormonas desde as mais clássicas às recentemente descobertas, e da forma como o nosso cérebro “entende” os estados de fome e de saciedade! Tendo em conta o leitor menos curioso, durante este artigo, encontram-se algumas frases destacadas que dão alguns conselhos de como fazer para enganar este mecanismo e que pretendem cativar uma leitura mais atenta!
Agora um menos “bonzinho”...
Podemos encarar uma má comunicação em termos de conteúdo ou em termos de transmissão da mensagem, vamos ver um exemplo:
Ora este texto foi encontrado numa verdadeira obra-prima das revistas cor-de-rosa, vemos que o objectivo principal é divulgar um produto (que amiguinhos me deixem dizer que se for verdade o estado português vai poupar uns quantos milhões em cirurgia e outros tratamentos de obesidade, milagroso?!). Mas o que interessa aqui abordar é como o texto é elaborado, o suposto efeito é descrito inicialmente, fala-se em produtos naturais e em médicos que atribuem um certo estatuto de veracidade, só porque afinal há médicos, mas a o mecanismo milagroso, esse é divulgado “já a seguir”, numa tentativa de prender a sua atenção primeiro com factos mais práticos, como os efeitos.
Uma comunicação menos boa para nós porque em questão de conteúdo é um tanto ao quanto duvidoso, e suspeito de ser muito falível, mas essencialmente, como marketing e venda desse produto, achamos que adoptam uma estratégia que para um público menos critico até pode funcionar, com um pouco de sorte (se alguém atender à chamada aos cabeçalhos e acreditar em milagres), mas para um mais exigente falha por ter excesso de informação, por não ser apelativo, por não ser simples, e porque afinal nem toda a gente sabe o que é exactamente a metaestimulação, julgo que de adipócitos!
Agora que ja conhece alguns dos benefícios do consumo de chocolate não exagere!!!! Coma com moderação!
Para saber mais:
"Chocolate previne problemas cardíacos"
"Cacau pode proteger contra várias doenças mortais"
"Chocolate mais estimulante do que o beijo"
+ informações sobre o tema:
https://sigarra.up.pt/fcnaup/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=332
Falamos de publicidade, falamos de duas correntes que são os princípios da publicidade alimentar. Todos esses spots publicitários, apelam-nos ao consumo do produto seguindo a corrente estruturalista, ou a funcionalista, ou talvez, ambas! Mas não se esqueçam que não há uma melhor do que a outra, a forma como são aplicadas, é invariavelmente dependente do produto, da população alvo, do contexto social que se vive na época em questão.
Oops... mas deixem-nos explicar o que afinal é isso das correntes:
-a corrente estruturalista enaltece todos os aspectos sensoriais e sociais inerentes ao consumo do alimento, por exemplo, falamos do prazer de o comer, falamos de bem-estar social, de momentos de diversão ou felicidade que o consumo do alimento proporciona;
-a corrente funcionalista realça os efeitos benéficos para a saúde aquando do consumo do alimento;
Demos como exemplo, as bebidas alcoólicas ou refrigerantes de uma forma geral seguem correntes estruturalistas, enquanto que alimentos funcionais (os badalados iogurtes com “bichinhos” mágicos, por exemplo) seguem correntes funcionalistas.
Veja e critique alguns exemplos:
Corrente estruturalista
http://br.youtube.com/watch?v=VMu90rdX50U
http://www.youtube.com/watch?v=5IQy76Jf4G8
Corrente funcionalista
http://br.youtube.com/watch?v=gPpgtLv8gGA
Corrente estruturalista e corrente funcionalista
http://br.youtube.com/watch?v=EUtHEOdJVWM
http://www.youtube.com/watch?v=F5NthcaV1Vo
fonte da imagem: in: http://www.napsinfo.com/mainfood.html