quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Textos bons e menos “bonzinhos”...

Perante a proposta de procurarmos boas comunicações, e más comunicações, fomos ver como andavam os periódicos nas bancas deste Portugal, ora muito bem, aqui temos as nossas sugestões:

Começemos por um que achamos bom...

Num artigo publicado numa revista com um público alvo com um nivel de escolaridade médio-superior, encontramos um artigo apaixonante sobre “a ciência do apetite”, num nível de qualidade cientifica plausivelmente elevado (talvez um pouco demais), esclarece o funcionamento das hormonas desde as mais clássicas às recentemente descobertas, e da forma como o nosso cérebro “entende” os estados de fome e de saciedade! Tendo em conta o leitor menos curioso, durante este artigo, encontram-se algumas frases destacadas que dão alguns conselhos de como fazer para enganar este mecanismo e que pretendem cativar uma leitura mais atenta!

Agora um menos “bonzinho”...

Podemos encarar uma má comunicação em termos de conteúdo ou em termos de transmissão da mensagem, vamos ver um exemplo:


Ora este texto foi encontrado numa verdadeira obra-prima das revistas cor-de-rosa, vemos que o objectivo principal é divulgar um produto (que amiguinhos me deixem dizer que se for verdade o estado português vai poupar uns quantos milhões em cirurgia e outros tratamentos de obesidade, milagroso?!). Mas o que interessa aqui abordar é como o texto é elaborado, o suposto efeito é descrito inicialmente, fala-se em produtos naturais e em médicos que atribuem um certo estatuto de veracidade, só porque afinal há médicos, mas a o mecanismo milagroso, esse é divulgado “já a seguir”, numa tentativa de prender a sua atenção primeiro com factos mais práticos, como os efeitos.

Uma comunicação menos boa para nós porque em questão de conteúdo é um tanto ao quanto duvidoso, e suspeito de ser muito falível, mas essencialmente, como marketing e venda desse produto, achamos que adoptam uma estratégia que para um público menos critico até pode funcionar, com um pouco de sorte (se alguém atender à chamada aos cabeçalhos e acreditar em milagres), mas para um mais exigente falha por ter excesso de informação, por não ser apelativo, por não ser simples, e porque afinal nem toda a gente sabe o que é exactamente a metaestimulação, julgo que de adipócitos!


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